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Lean, o remédio para a crise.


O Brasil está vivendo uma crise na economia em função da crise política atual. Com a crise vem a necessidade de se cortar os custos, consequentemente as empresas pensam como a alternativa número um, a demissão. Mas a pergunta que sempre faço é: Será que nossos processos são enxutos os suficiente?


O Lean surgiu para eliminar os desperdícios que existem em nossos processos, e esse é o remédio para enfrentar a crise atual.


No pensamento tradicional, o preço de um produto ou serviço é calculado utilizando a fórmula: Custo + Lucro = Preço. O pensamento Lean faz o mesmo cálculo de outra forma: Preço – Custo = Lucro. Isso quer dizer, que se eliminarmos os desperdícios existentes em nosso processo, diminuímos nossos custos e aumentamos nossa margem de lucro sem aumentar os preços.


"Para mim, os custos existem para serem eliminados, não calculados".

Taiichi Ohno (1912 – 1990)

O Lean é composto por 5 princípios: Valor, Fluxo de Valor, Fluxo Contínuo, Produção Puxada e Perfeição.


Valor: é o ponto de partida do pensamento enxuto, é o que o cliente enxerga e está disposto a pagar.


Fluxo de Valor: significar dissecar toda a cadeia produtiva, separando os processos em três tipos: O que agregam valor ao cliente, os que não agregam, mas são importantes (Tecnologia, Recursos Humanos, Financeiro, etc...), e os que não agregam valor, neste caso devem ser eliminados do nosso processo.


Fluxo Contínuo: Depois que foi eliminado os desperdícios, deve se dar fluidez ao processo, diminuindo o tempo de produtividade, processamento, pedido e estoque.


Produção Puxada: O cliente passa a puxar o fluxo de valor. Com isso evita-se produzir em excesso, diminuindo os estoques, valorizando assim os produtos ou serviços.


Perfeição: Identificar e aperfeiçoar os processos de modo que se busque sempre melhores formas de se criar valor para o cliente.

No livro Lean Thinking, logo nas primeiras páginas, o autor James Womack & Daniel Jones jogam no ar a seguinte frase: “Ao aprender a identificar desperdícios você acaba por descobrir que há muito mais desperdícios no seu ambiente de trabalho do que você poderia ter imaginado.” Mas quais são os tipos de desperdícios e como identifica-los?

Desperdício é tudo que é feito adicionando custo ou tempo sem acrescentar valor para o cliente. O Lean inicialmente identificou 7 tipos de desperdícios existente em nossos processo:

  • Espera ou Tempo: Esperar por atividades dentro processo para poder concluir a atividade atual.

  • Excesso de Movimento: Pessoas, informações ou equipamentos fazendo movimento desnecessário devido ao layout do espaço de trabalho, questões ergonômicas ou à procura de itens perdidos.

  • Transporte desnecessário: Transportar itens ou informações que não são necessárias para executar o processo a partir de um lugar para outro.

  • Estoque: Inventário ou informação que está ocioso (não sendo processada).

  • Defeitos: Produtos ou serviços que estão fora de especificação que necessitam de recursos para corrigir.

  • Processamento em excesso: A realização de qualquer atividade que não é necessária para produzir um produto ou serviço.

  • Superprodução: Produzir antes que esteja pronto para ser vendido;

E você? Já está pensando enxuto?



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