O Aventureiro
Olá pessoal, estou começando esta seção do Jornal onde pretendo mostrar um pouco de minhas aventuras e dos lugares fantásticos que vou. Meu foco será o nosso ilustríssimo estado do Espírito Santo que possui belezas incríveis que acredito que poucos de vocês conhecem.
A ideia é mostrar alguns lugares que frequento com dicas e fotos. No final da matéria deixarei também minha agenda dos próximos eventos e desde já TODOS estão convidados a desfrutar comigo dessas “aventuras”. Vamos deixar a moleza de lado pois o mundo possui muitos lugares bacanas e que merece nossas visitas.
Costumo dizer que se tenho que ficar sentado vendo alguma coisa, que seja no alto de uma montanha contemplando a natureza do que sentado em um sofá vendo televisão. Prefiro carregar o peso da poeira e as vezes da roupa suja e molhada do que carregar a consciência de ter o mundo inteiro pra conhecer e não ter feito nada...
Então vamos ao primeiro passeio realizado.
MOSTEIRO ZEN BUDISTA - IBIRAÇU
O Mosteiro Zen Morro da Vargem Zenkoji, fundado em 1974 pelo monge japonês Ryohan Shingu, é um espaço de convívio e de prática do budismo, mas é também uma importante área de preservação ambiental. A vida no Mosteiro Zen é cercada por uma grande disciplina, voltada para a leveza das posturas e a liberdade da mente. Percebi também que o bom humor é marca registrada no cotidiano dos monges.
Minha visita começou no Portal Somon (foto abaixo) com uma breve explicação de um dos monges. Pela explicação percebe-se que o mais importante aqui não é o crescimento do budismo como religião, mas o desenvolvimento dos indivíduos, a melhoria do ser humano. Prova disso é que pessoas de várias religiões frequentam o Mosteiro.
Esse tem sido o foco do trabalho desses religiosos que veneram Buda e aplicam os seus ensinamentos na sociedade onde estão inseridos.
A minha próxima parada foi no Bonsho (foto abaixo). Ele é um tipo de sino e pesa mais de uma tonelada. Foi produzido no Japão especialmente para o Mosteiro, ele tem inscrições em português. O Bonsho é tocado apenas duas vezes ao dia: às 6 horas da manhã, para encerrar o período de orações matinal – os monges acordam às 4h20 – e às 18h.
Logo após fomos dirigidos para uma sala onde nos foi apresentado um vídeo sobre o Mosteiro e os costumes dos monges.
Em seguida, antes de seguirmos para o sodô, experimentamos um suco de cupuaçu espetacular que é vendido no mosteiro, vale muito a pena.
Seguimos então para o sodô (foto abaixo). É hora de participar da oficina de “não ação”, que é uma prática de meditação criada há mais de cinco mil anos e que estimula a concentração e a capacidade de reflexão. As instruções são passadas pelo abade do Mosteiro, o monge Daiju Bitti. Por aproximadamente 20 minutos ele explica as técnicas e quais os resultados de sua prática regular. “Quando você estiver em meio a um turbilhão de problemas, você vai ter consciência para agir com tranquilidade. Você não vai agir por impulso e sem pensar”, explicou o monge Daiju Bitti.
Fomos então convidados a fazer o nosso momento de meditação. Por 10 minutos todos ficam na posição clássica de meditação, voltados para a parede, e praticamos o que nos foi ensinado. Poucos conseguem ficar o tempo todo na mesma posição, mas é uma experiência bem interessante e que pode ser aplicada em nossas casas como forma de relaxamento.
Após nossa experiência de meditação, fomos conhecer o Hattô. Restrito aos monges, o hattô é o templo de Buda. Voltado para o norte, no sentido oposto ao Portal Somon, ele tem paredes espelhadas e um altar com a imagem de Buda talhada em madeira. Além desse, há outro templos menores, como o templo dos mortos, que fica próximo ao cemitério onde são sepultados os monges que aqui viveram. Entre eles, está o túmulo simbólico de Augusto Ruschi, que apesar de não ser budista, colaborou com o processo de revitalização da área.
O complexo do mosteiro tem ainda trilhas ecológicas que levam a alguns mirantes de tirar o folego, uma lojinha de artesanatos e lembranças, alojamentos e um espaço cultural.
Após sair do mosteiro fomos até o Portal Torri, que também faz parte do mosteiro, apesar de ficar bem distante do local das atividades. O portal é a parte que vemos quando passamos pela BR-101. Mele temos o portal, uma sequencia de monumentos de Buda e uma praça de areia. Vale a pena a visita também.
A visita total, com tranquilidade e com muitas fotos tem uma duração média de 2 a 3 horas.
Quando visitar o mosteiro? O Mosteiro funciona exclusivamente aos domingos, das 8h às 13h. Não é cobrada a entrada, mas é importante ligar antes de partir por questões de clima. Em dias chuvosos o mosteiro suspende as visitas. O telefone de contato é (27) 3257-3030.
Como chegar? Para chegar você deve seguir no sentido norte da BR-101 até avistar o Portal Torii, do Mosteiro em Ibiraçu. Logo depois, entre à direita onde a placa orienta. Da rodovia até o Mosteiro são pouco mais de dois quilômetros, sendo que parte deles é de subida íngreme. Distância de Vitória é de aproximadamente 68 quilômetros.
Site: http://www.mosteirozen.com.br/
Próximas Aventuras
Dia 16/04 – Trilha ao Monte Aghá em Piúma
Dia 17/04 – Rapel no Morro do Moreno e Pôr do sol no Morro