Inteligência emocional nas organizações
Qualquer um pode zangar-se isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil. Aristóteles, Ética a Nicômac
A inteligência emocional é a nossa capacidade de identificar com mais facilidade os sentimentos que nos cercam. Uma pessoa que consegue obter “controle” de suas emoções e dos seus sentimentos, atualmente, obtém muito mais chances de atingir seus objetivos pessoais e profissionais com êxito total.
A inteligência emocional, para os estudiosos do comportamento humano, pode ser considerada mais importante do que a inteligência mental (o conhecido QI), para alcançar a satisfação geral.
Daniel Goleman, psicólogo PhD de Harvard, autor de Inteligência Emocional, afirma que temos dois tipos de inteligência distinta: o QI e a QE. Na melhor das hipóteses, o QI contribui com cerca de 20% para os fatores que determinam o sucesso na vida, o que deixa 80% por conta de outras variáveis. O QI pode lhe dar o emprego, porém, é o QE que garantirá as promoções. O QE relaciona-se a realização, colocar em prática, ação. O QE não é hereditário, aprende-se a lidar com as emoções no decorrer da vida.
Certamente você já ouviu essa frase “No trabalho deve-se usar a cabeça e não o coração”, frase está que estás por terra abaixo, pois as emoções fortes como raiva ou ansiedade criam um bloqueio na região frontal do cérebro responsável pelo raciocínio, logo impactam diretamente na produtividade, eficiência e eficácia de toda uma organização.
A falta de empatia e solidariedade podem colocar em conflito as metas organizacionais; quando as pessoas estão emocionalmente perturbadas, elas não acompanham, não aprendem nem tomam decisões com clareza.
Peter Drucker já dizia que são as equipes e não os esforços de um individuo que constituem a unidade de trabalho. Uma reunião é, com certeza, uma das mais comuns formas de trabalho em equipe. Daniel Goleam observa que a hierarquia explicita constitui o esqueleto da organização, enquanto que os pontos de contato humano são o sistema nervoso central.
“A mente emocional é muito mais rápida que a mente racional, saltando à ação sem parar um momento sequer para pensar no que está fazendo. Sua rapidez exclui a reflexão deliberada, analítica, que é a característica da mente”. Daniel Goleman
As coisas tendem a fluir mais para as pessoas que investem no cultivo de bons relacionamentos, essas pessoas podem ser úteis nos momentos de emergência. O desenvolvimento da inteligência emocional possibilita a aplicação do conhecimento não só no trabalho, mas também em casa, nos relacionamentos com os amigos, familiares. Uma ferramenta que permite as pessoas terem uma vida mais saudável.
Como desenvolver a inteligência emocional?
1 - ENCONTRE O ESTADO DE FLUXO (Fluxo é aquele estado em que nem percebemos o que estamos fazendo porque a concentração está totalmente voltada para a tarefa a ser realizada),
2 - DÊ BONS EXEMPLOS (Os neurônios-espelho têm uma importância particular nas organizações porque as emoções e as ações induzem a espelhar tais sentimentos e feitos),
3 - EVITE CAIR NO LADO NEGRO (Preocupação empática é aquilo que faz as pessoas se importarem com o bem-estar dos outros. É o antídoto contra o lado sombrio),
4 - COMPREENDA AS PESSOAS (Se vê a outra pessoa como estorvo e nunca faz uma pausa para se conectar, isso pode ser uma pista de que você está preso num modo contraproducente),
5 - ENTRE EM SINTONIA (O ideal é que pessoas trabalhando em equipe estejam em sintonia mútua. As equipes de desempenho máximo têm grande harmonia e certas normas para preservar essa harmonia).
O segredo está na descoberta de sua capacidade emocional. Daqui pra frente monitore suas emoções diante das situações mais impactantes em sua vida, e treine sua mente para agir de forma inteligente e sem precipitações.
Fontes: