LEI 3: NÃO BUSCAR CULPADOS
Fala team, firmeza ?
Go go go para a próxima lei !!!!
“Assim como criticar, buscar culpados é uma maneira simples e rápida de se desresponsabilizar pelo mundo em que vive, pelos acontecimentos, por fatos e resultados obtidos em sua vida. É muito fácil olharmos para os erros dos outros, porém é bem mais difícil percebermos os nossos.
Neurologicamente é um grande perigo, pois o hemisfério direito, que é o lado realizador do nosso cérebro, ao receber a mensagem de que o resultado (insatisfatório) obtido foi por culpa dos outros, cria o seguinte diálogo interno: “Por que mudar e fazer diferente se o resultado negativo obtido foi por culpa do outro? ”
Dessa maneira, a pessoa continua a repetir os mesmos erros, sem, no entanto, aprender com eles – afinal, se são os outros os responsáveis por tudo isso estar assim, por que eu deveria mudar? Os outros que mudem! Quer ver alguns exemplos típicos desse raciocínio?
Por que mudar se os políticos é que são corruptos?
Por que mudar se o problema é meu professor, que é ruim?
Por que mudar se o problema é minha esposa, que é crítica e reclama de tudo?
Por que mudar se o problema é a minha equipe, que é desmotivada e não corre atrás das vendas?
Por que mudar se o juiz de futebol é que é ladrão e meu time sempre perde?
Enquanto você não abolir essas justificativas e desculpas intelectuais de sua vida, nada vai mudar. Tenho visto muitos vendedores chegar de uma venda – ou melhor, de uma tentativa de venda – reclamando, criticando e culpando os clientes por seus resultados ruins: eles só querem descontos impossíveis, prazos enormes etc.
Afinal, se são os clientes os culpados, por que esse vendedor deveria mudar? Por que esse vendedor deveria usar novas técnicas? Por que se capacitar mais, fazer novos treinamentos, se o problema e a culpa pelos seus fracassos são dos outros?
Não busque culpados. Busque soluções e aliados, parceiros de uma aprendizagem eterna. Conheci um empresário que, desde o primeiro momento, demonstrou a sua disfunção no comando da liderança de sua empresa. Lá, todos os gerentes repetiam o comportamento agressivo e acusador apresentado por ele. A atitude era a de sempre buscar culpados. A equipe comandada estava o tempo todo tensa, nervosa e acabava reproduzindo o comportamento dos seus líderes, afinal, todos sabiam que, se errassem, seriam acusados, criticados, mas, principalmente, seriam vistos como culpados. Na empresa, fazia-se o mínimo necessário, pois as pessoas não queriam correr o risco de errar.
Quando erros eram cometidos, dava-se um jeito de ocultá-los pelo maior tempo possível, para que, quando as falhas fossem descobertas, ninguém fosse responsabilizado e punido. Quando um serviço não era bem-feito, por exemplo, o produto e a ordem de serviço simplesmente desapareciam. A equipe não se empenhava em fazer um bom trabalho ou aprender o máximo da sua função, dedicava esforços apenas para se defender das culpas, que vinham como pedras arremessadas sobre ela.”
Vieira, Paulo – O poder da ação: faça sua vida sair do papel / Paulo Vieira – São Paulo: Editora: Gente, 2015.